terça-feira, 9 de outubro de 2007

Nas Galerias

TRAJETO DE ARTE

Quinta-feira, 4 de outubro de 2007. Meio dia. Ligo para Ivan e confirmo, sim, hoje é o nosso primeiro dia de trabalho. Após um ano de divagações e uma semana de real planejamento, com a câmera na mão e óculos escuros no rosto (a luminosidade estava demais esse dia), lá vamos nós.

Primeira parada Galeria Vermelho, onde você pode além de ver as exposições, esticar para almoçar no Sal Gastronomia. Adoramos tudo da mostra ao almoço.

Até 11 de outubro, a galeria abriga duas exposições individuais Le désespoir du singe de Manuela Marques e Araucária Angustifólia de Gabriela Albergaria, fotos e instalação, respectivamente. A integração, dada pela falta de divisão espacial, mostra o diálogo entre as obras que ganham ainda mais força no conjunto.

Não deixe de conferir também o trabalho de Bob Wolfenson, até 20 de outubro na Galeria Millan , na mostra A caminho do mar. Paulista típica me identifiquei prontamente com a exposição, que me levou a reviver tudo que passava em minha cabeça na traseira do carro de meus pais, nas madrugadas de sexta-feira a caminho do Guarujá. Nostalgia à parte, a exposição é linda, mesmo pra quem não conhece Cubatão ou não consegue enxergar beleza nessa cidade industrial.

Na galeria mais alternativa de São Paulo, a Choque Cultural, duas exposições acontecem paralelas, mas completamente independentes. No segundo andar, Danilo Oliveira e Rafael Coutinho integrantes do grupo Base V, recriam a fábula de porcos e tubarões de maneira divertida e com excelente curadoria. Já no subsolo, conferimos a exposição de Stephan Doitschinoff, em sua primeira individual em São Paulo, com telas da série A Divina Comédia, e outras pinturas inéditas em suportes distintos.

Em nosso primeiro Trajeto de Arte, vimos coisas lindas, feias, repetitivas, cansativas, especiais e emocionantes, mas nenhuma nos tocou mais que a exposição de Albano Afonso, que acontece na Casa Triangulo até 20 de outubro.

Em Que horas são no paraíso?, Albano abre convidativamente, as portas de seu paraíso particular. Lúdico, no sentido mais amplo da palavra, sua arte é linda, revigorante, pura e feliz. Impossível não se deixar levar e sonhar um pouco com o seu próprio paraíso.

Na galeria Nara Roesler, conhecemos o trabalho de Josè Leon Cerrilo, com suas divertidas instalações feitas com serigrafia, trazendo como temática os efeitos causados pelo consumo da vodka. Agradecimento especial para Mariana que nos proporcionou um tour guiado pela obra do artista mexicano, além de ceder as fotos para nosso blog.

Confira as fotos das exposições que mais curtimos.

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